quarta-feira, 18 de julho de 2012

"AVE, MADIBA!"

  Quem quer que fale ou lute por liberdade, não pode deixar de lembrar de Nélson Mandela.
As comemorações de seus 94 anos de vida, que hoje ocorrem, me fazem anotar o evento neste pequeno e inexpressivo espaço como forma de associar-me a todos aqueles que o reconhecem como o grande líder negro sul-africano que deu sua vida à causa da liberdade do seu povo.

  Em 5 de agosto de 1962, Mandela é condenado, por um tribunal branco, a prisão perpétua por "subversão e luta armada contra o apartheid". O prisioneiro 46664, esteve encarcerado mais de 27 anos (com cinco anos de trabalhos forçados) sem que seus algozes conseguissem fazer fraquejar seu ânimo na luta contra a segregação racial e a opressão praticadas contra negros em um país em pleno coração da África. Graças a uma intensa pressão internacional, ele acabou sendo libertado em fevereiro de 1990 e continou o trabalho que havia iniciado na década de 40, quando ainda jovem.

  Mandela é, hoje, o símbolo vivo do anseio libertário de todos os povos ainda oprimidos. Sua luta sempre foi reconhecida por muitos países, que lhe prestaram os mais diversos tipos de homenagem, culminando com o recebimento do Prêmio Nobel da Paz, em 1994. Ele esteve no Brasil em agosto de 1991, buscando apoio a sua base de sustentação, que acabaram em sua eleição como Presidente da África do Sul.

  O sonho acalentado por Mandela, que lhe custou o sacrifício mais importante para um humano - a liberdade - tornou-se realidade apenas no dia em que foram abolidos todos os atos "legais" que tornavam os negros cidadãos inferiores. Enfim, nascia a igualdade tão desejada pelo povo sul-africano e que havia custado tantas vidas.

  "A liberdade de vocês é a minha e não podem ser separadas" (Nélson Mandela)

  Salve, Mandiba! Vida longa e ainda muitas alegrias pela liberdade pela qual lutaste!

domingo, 15 de julho de 2012

"Da gaveta"
  O inverno acaba dando-me a oportunidade de vasculhar gavetas e arquivos porque é uma atividade que me ajuda a esquecer o frio que campeia solto na rua "lá embaixo" (Moro no décimo) , com o vento quebrando esquinas e invadindo ponchos, fazendo as pessoas correrem para chegar depressa mesmo que a lugar nenhum. Nesta tarde me reencontrei com algumas lembranças dos primeiros "Retornos". Entre elas uma manifestação de minha sensibilidade daquele tempo. Vejo, também, "la pucha que o tempo passou depressa". Confira comigo a data, e veja se não tenho razão: Porto Alegre, novembro de 1981.

VOU VOLTAR PRA JAGUARÃO

Vou voltar pra Jaguarão!
Lá o pessoal abana a gente,
Dá "bom dia",
Diz "saúde".
Pergunta pelos parentes,
Convida pra "aparecer",
Relembra o tempo passado.

   Caminho co`a gurizada -
   A mulher ao lado, também.
   Nem preciso usar calçada.            

Vou passear na 27,
Atravessar o "campo do IPA",
Comer "bomba" no seu Jorge
E dar uma olhada no rio.
Esqueço o resto do mundo.

   Assobio pra Tereza,
   E escuto o Mário gritar.
   A missa das 10 também vou
   (Vou precisar roupa nova).
   Depois, na esquina da "Gruta",
   Junto com a turma de sempre,
   Assisto o "corso" passar.

Na segunda, ou na terça,
Atravesso a Ponte Mauá,
Visito o lado de "allá".
Revejo o Cerro da Pólvora
(Da enfermaria em ruínas)
Que tem meu gosto de infância.
Volto pra casa cansado,
Mas feliz por viver lá...

   Vou voltar pra Jaguarão...
   É lá que eu tenho raízes.
   Aqui sou apenas navio
   Num porto que não é meu:
   Ancorado e de saída.

Vou voltar pra Jaguarão...
Lá não tem poluição!

(Wenceslau Gonçalves/Porto Alegre, novembro de 1981).

domingo, 1 de julho de 2012

OS JAGUARENSES E A POESIA (4)

                                              N A     A L C O V A
                                            
                                                                                             Wenceslau Garcia

Quando ela está a sorrir, quente, amorosa e nua
Sob um leito de neve em plumagem macia,
E acerca-se dela, e apalpa-a e freme e estua,
Numa febre de amor que ora freme e angustia.

Beija-lhe a rósea boca, em gozo se extasia!
Depois o lábio morno, sente que ela é sua;
Preme-lhe os alvos seios, afaga e acaricia
O corpo que estreme em volúpia e flutua.

Ainda assim um desejo incontido e fremente,
Por toda ela, a gozar, da cabeça aos artelhos,
Até, que sobre o dorso alvo, morno e eloqüente,

Pára e sentindo-se a arder numa chama incontida,
Ela passa febril, nos seus beijos vermelhos,
Que lhe deram o gozo, a delícia da vida...

                                                                         Dispersos

(Mantida a grafia original)

Wenceslau Garcia - 1899-?
In Sonetos Gaúchos (Sonetária)  
ENCONTRO DA COLÔNIA JAGUARENSE

 Esteve reunido, na semana passada, o grupo que tem organizado os encontros da Colônia Jaguarense em Porto Alegre. Na oportunidade, ficou definido que o primeiro encontro deste ano será realizado no último domingo de julho.

 O almoço ocorrerá na Churrascaria Garcias (Av. Praia de Belas, 618), no dia 29 de julho (domingo) a partir das 11h30min. Para os jaguarenses o valor do bufete será de R$15,90 (sem bebida).

 Para que todos possam ser melhor atendidos é necessário que as confirmações sejam feitas, de preferência até dia 25/7, para um dos seguintes telefones: 9683.8018 (Ana Maria);  9968.7852 (Geraldo Freitas); 3233.4799 (José Alberto) e 9984.7379 (Wenceslau).

 Contamos com a colaboração dos conterrâneos no sentido de divulgarem o evento entre seus amigos e familiares para que possamos repetir o sucesso da reunião anterior. Até lá!