sábado, 31 de dezembro de 2011

A N D A N Ç A S - 1

 Depois de mais de um mês de ausência, volto ao contato com meus poucos e fiéis seguidores...(espero). Agora daqui da minha velha e conhecida Lisboa - na quinta visita acho que já tenho intimidade suficiente para tratá-la assim - onde estou desde o início de dezembro. Venho por "motivo de saudade" como disse um compositor nativista ao retornar para os pagos depois de uma tentativa de viver na cidade grande. A minha motivação é uma filhota que há mais de dez anos divide seu coração entre Portugal e Brasil. O Natal, portanto, foi à moda portuguesa, com bastante bacalhau e vinho, lógico, e muitos tipos dos famosos doces da terra. A confraternização foi "multilíngue" porque haviam três franceses à mesa e, na hora do "amigo secreto", o improviso da criatividade foi o que predominou. Valorizei ainda mais o Esperanto que, se não fosse a pressão econômica do dólar...(Bom esse é outro assunto).

 Cada vez que venho nos encantamos mais com a cidade e sempre temos alguma coisa nova para conhecer. Aqui, se conseguirmos abstrair o tempo presente, é como se estivéssemos voltando ao passado. A qualquer momento, podemos encontrar o Pessoa numa esquina falando poesia ou o Eça discutindo os costumes da época. A permanência do bonde, tal como também o tivemos em Porto Alegre até há pouco, ajuda a manter o clima. Nessa linha, fizemos um passeio guiado pelo Bairro Alto, um dos mais antigos de Lisboa (Em 2013, completará seu 500º aniversário) com direito a conhecer a origem dos nomes das ruas. Aliás, parece-me interessante o costume de conservar-se o nome original dos logradouros. Acho que seria uma idéia que Jaguarão poderia pensar, aproveitando esse momento em que se planeja um investimento no turismo histórico. Tenho mais assuntos a comentar. Volto em breve.